quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

VERITATI


E diante do inimigo colossal e feroz com sua indumentária de guerra

Vi-me pequenino, frágil e impotente... O medo correu por minha espinha.

Meu reflexo distorço na armadura polida de meu oponente era tremulo

O titânico invencível bradou indagando para minha alma:

Por que lutar se sabes que sua derrota é iminente? E seria realmente...

Ao qual o respondi: Eu sou pequeno sim, sou fraco e errante,

Todavia o meu Deus não o é e ele lutará por mim como fez por Davi

E tu gigante intransponível cairá ao chão confundido e envergonhado!

Marcelo Reis, verão 2011.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Desespero...



A maior e mais triste dor de sentir é existir... A vida às vezes pode se tornar desesperadora quando surgem problemas continuamente é como se estivesse se afogando em uma onda após outra...

Marcelo Reis, primavera 2011.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Apenas Drumond


O poeta adormece, repousa sua existência, mas suas palavras gritam, ecoam pelo mundo...
O poeta descansa de suas tristezas e saudades, de suas dores e boas lembranças,
Mas seus textos de tão sinceros explodem em vários pensamentos e em outras línguas...
Sua historia permanece viva sempre recordada através de suas rimas.

Sua luz ainda brilha, ainda clareia, ainda ensina, ainda, ainda e ainda...
Seus versos e prosas alimentam a alma, maná no deserto, socorro do céu...
Entre uma e outra linha, lições de vida, riqueza que ninguém nos tira...
Entre uma e outra pedra no caminho agente segue ora chorando, ora sorrindo.

Marcelo Reis, primavera 2011.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Per ardua ad astra...


Se cobiças as vestes de um rei, antes de corroer-se na inveja e se imundar na calúnia, esforça-te para erguer seu próprio reinado pois não houve e nunca haverá um privilegiado sem merecimento...

Marcelo Reis, primavera 2011.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Desabafo...


Aos que se alegram com o meu riso reverencio-os com o meu mais sincero afeto, aos que apreciam o meu pranto reservo-lhes nada mais, nada a menos que o meu desprezo... Simples assim.

Marcelo Reis, primavera 2011.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Para entrar no meu coração o caminho é largo, pra sair, tem que se esforçar muito... Se conseguir escapar nem pense em voltar pois a ferida deixada na partida cicatrizou e agora é impossível atravessá-la... Marcelo Reis, Inverno 2011.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Anestesias

Três coisas me fazem esquecer de qualquer dor e qualquer problema...
Fazer amor (não confundir com fazer sexo); Sonhar (não confundir com simplesmente dormir) e beber (não socialmente é claro).

Marcelo Reis, inverno 2011.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

À pulso não!

Aquele que tenta vencer no grito, não tem retórica... Aquele que impõe sua vontade através do medo (terror), falta-lhe o mínimo de amor... Aquele que tenta comprar seu carinho com dinheiro não merece nem o seu carinho muito menos o seu respeito.

Marcelo Reis, inverno 2011

terça-feira, 28 de junho de 2011

LOST


Eu não tenho nada e o nada que eu tenho é tão pouco tempo...
Às presas vou vivendo, respirando os momentos, esfacelando...
Saudade do que não foi vivido nem mesmo sonhado, ilusão.
Ansiedade voraz, espírito sem paz, na boca do estomago turbilhão!

Entre uma e outra mazela a ferida espera tornar-se então sabedoria,
E a cicatriz é a grafia doída que na carne finca o que a vida escreveu.
Como ainda sorrir, como ainda... Nessa solidão de mim?
Infinito labirinto, à beira do abismo... O caminho de volta fui eu que escolhi.

Marcelo Reis, inverno 2011.

Inverno


Inverno intruso! Chega sempre sem ser convidado...
Consigo acompanhado do vento gelado e do céu opaco.
Das quatro estações, és a mais detestável,
Quem nos dera viver longe do seu frio insuportável.

Como Deus faz tudo com perfeição,
Você deve existir por alguma razão...
Razão qualquer essa que inibe as cores, calam sorrisos,
E o que dizer dos que sofrem com seus reumatismos?

Marcelo Reis, inverno 2011.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Querer, não querer ou querer mais ainda?


























Queria pega-la distraída para te roubar um beijo em surdina...
Queria que o vento soltasse seus cabelos e trouxe-se teu perfume...
Queria em soslaios fitar-te os teus profundos e lindos olhos...
Queria que meu grito calado ecoasse o cosmos e chega-se aos seus ouvidos...

Queria merecer o teu carinho, ser digno do presente do seu sorriso...
Queria ser seu amigo, seu amante, seu amado, seu porto seguro, seu confessionário, seu escudo...
Queria poder me entregar de corpo e alma sem restrições, sem exigências...
Querida, queria não querer esse tanto e tamanho desmedido amor por você.

Marcelo Reis, verão 2011.

Alis volat propriis

Nem anjo, nem demônio... Assim me vejo perfeitamente imperfeito...
Tento seguir o caminho reto, mas perco-me em tropeços...
Perseguem-me murmuradores com seus injustos julgamentos.
Nas ciladas da vida sou uma presa arisca... Desista predador!

Para todos os mistérios sou um livro aberto... Coração cofre, tesouros...
Pai, mãe, irmãos, esposa, parentes e amigos... Ah meus filhos, queria tê-los comigo.
Nesse caminhar constante prossigo, prossigo e prossigo escrevo o meu destino...
Voarei com minhas próprias asas sem a tolice de Ícaro.

Marcelo Reis, verão 2011.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

As sete bênçãos













Vendo que a mesa era baixa o Senhor colocou sobre ela sete tabuas,

E sobre as tabuas estendeu uma toalha branca com bordas azuis...

Então o Senhor mandou trazer sete vasos de cristal contendo cada:

Ervas, frutas frescas, água, vinho, mel, leite e pão...

E disse o Senhor:

Preparei esse banquete para ti, ceia comigo e jamais sentira fome ou sede.

Haverá abundância em sua casa todos os dias da sua vida.

E o Senhor alegrou-se ao ver seu filho sentar-se, dar graças ao alimento e sedento saciar sua carne e seu espírito já farto, cansado e fraco.

Marcelo Reis, verão 2011.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Lâmpada




















Quando eu imaginei que havia usado todas as palavras, todos os pensares e que o que me restava era o “silêncio”, descobri que ainda havia azeite em abundancia em minha lâmpada, poderia seguir o meu caminho mesmo na escuridão...

Assim como na vida quando se perde a esperança e se vê jogado no chão, sente-se só e sem saída, resta-lhe apenas a sua própria existência...

De algum modo, não sei como, você conseguirá erguer-se, regenerar-se e com altivez voltar a ascender-se e irá perguntar-se: Que olhar amigo é esse que me avisa que o mal espreita e conspira por de traz de meus ombros?

Devo mostrar sinais de arrependimento que venham de meu coração...

Devo ser sincero para que eu seja liberto.

Tenho que arrumar a casa para receber as bênçãos da remição...

Marcelo Reis, verão 2011.

Sentir


Vamos pedir a Deus o dom de “sentir”? Sim, sentir...

Por que não há nada mais triste que um ser vazio.

Que a vida não passe em branco (sem sentido)...

Que os sentimentos sejam registrados a todos os momentos.

Mesmo que se suas mãos estiverem em flagelo,

Que elas possam escrever sua história, não o destino...

Não deixe que o acaso prevaleça, imponha sua vontade.

Sinta, perceba, antecipe, intua, esteja sempre atento.

Marcelo Reis, verão 2011.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Claríssimos

Todos os dias existem oportunidades incríveis para a elevação de nosso espírito,
Veja o campo verdejante, o céu azul, o brilho do sol, veja o correr das águas...
Sinta o frescor do vento, ousa o cantar dos pássaros, o calor dos raios solares...
Caminhe sem pressa, não tema se por uma pedra você tropeçar. Reerga-se!

Não crie obsessão pela perfeição tão pouco não deixe de fazer o melhor que puder.
Sempre se lembrarão de você mais por seus erros que por suas virtudes. Injusto?
Vejo claro, límpido, translúcido, cristalino, claríssimo, vejo além do horizonte...
Deus nos criou para sermos unidos e nós nos distanciamos em nome de Deus...

Marcelo Reis, verão 2011.

A Aurora de nossas vidas e o Inevitável Crepúsculo


Sim, a vida é curta e me parece boa. Queremos ir para o céu, mas não queremos morrer...
E o que dizer da herança que deixaremos ao partirmos? Será boa se trabalhar com afinco.
Em hipótese alguma se deve deixar a esperança partir de seu coração, cativa deve estar.
Os sonhos nos movem e quem move os sonhos é justamente ela, a esperança...

A juventude não desaparece com o tempo, esse implacável ladrão de “inocências”.
O que se desgasta é a frágil matéria... Os ossos, os músculos, os órgãos...
Podemos ter a alma jovem, sorrir... Imaginar sempre o que é bom e prazeroso...
Podemos ser “crianças” sempre que quisermos sem precisar deixar de sermos quem somos.

Marcelo Reis, verão 2011.

Xiphos, Kopis, Kopidion...



Ainda não está na hora de colocarem moedas em meus olhos...
Permaneço mesmo que ferido combatendo um bom combate,
Minha espada está erguida, por sua lamina escorre vida...
Deus me deu duas dádivas, a primeira: A existência, a segunda: A liberdade.

Quando não tenho o que dizer eu não me calo, grito meu desabafo...
Andei tanto tempo com a cabeça baixa que criei corcova...
Minhas feridas cicatrizam durante as batalhas... Fênix escarlate!
Paciência Cérbero, ainda terá meus gemidos... Meus pecados serão remidos.

Marcelo Reis, primavera 2010.

Astarte

O teu sorriso irradia a luz que eu preciso para não me perder...
Em teu olhar eu me encontro, me entrego a fantasias inebriantes...
Faz-me feliz apenas pelo simples fato de existir, insisto em agradecer-te.
Não temo escancarar meu coração, tenho motivos suficientes para fazê-lo...

O merecimento do meu carinho por ti foi conquistado por sua generosidade...
Escreva um poema seu em minha alma e tatua sua perpétua clarividência...
Você por si mesma em mim mesmo distante posso tocar-te a face...
Eu por mim mesmo em ti atravesso mares, cruzo desertos e vales. Sinto teu perfume.

Nunca deixe de ser você, nunca perca essa alegria, seja sempre essa senhora menina...
Continue iluminado esse mundo carente de boas intenções e de boa vontade.
Guarde sempre o meu carinho, a minha admiração e o meu respeito...
Sim, afeto verdadeiro, palpável em meio a essa nuvem virtual e fria de nosso tempo.

Arrebatas-te meu espírito e o guardas-te em frescas e calmas águas, um sonho...
Quando a aflição me cerca basta pensar em ti para que sejam dizimadas as duvidas...
Essas palavras não são soltas, não se perderão no tempo e tão pouco o vento as carregará! Essas palavras são verdadeiras, são do fundo do peito...

Marcelo Reis, primavera 2010.

Primus pilus



Mesmo abatido e cheio de questões levo minha centúria para a peleja iminente...
Aguerrido, destemido. Ouço o ranger dos dentes... Aflições, gemidos, gritos...
Existe dor e solidão para todos, precisamos permanecer unidos, há quem conspire?
Nossa força é nossa vida e nossa vida é nossa honra! Marchemos pilos, gládios!

Haverão baixas e elas nos tornarão mais fortes! Todos serão justiçados...
Não nos esqueçamos que a vitória virá se tivermos disciplina e estratégia...
Não nos coloquemos a mercê da dúvida, ela é nosso maior oponente...
Não temamos tão pouco até a própria morte, pois ela virá. A glória nos espera!

Marcelo Reis, primavera 2010.